“Monstros”, com direção de Victor Garcia Peralta,

 estreia, dia 6 de setembro, no Teatro PetroRio das Artes,

 no Shopping da Gávea

Na adaptação do premiado espetáculo, os atores e cantores

Claudio Lins e Soraya Ravenle interpretam quatro personagens que revelam a crueldade presente nas relações cotidianas. Na trilha sonora, as oito canções originais do musical ganham novos arranjos assinados por Azullllllll, que também estará em cena com um set eletrônico

 Pais e mães têm sempre grandes expectativas em relação a seus filhos e vice-versa. Mas como lidar quando os sonhos e desejos não são correspondidos? Como lidar com nossos próprios impulsos e emoções? Este é o ponto de partida de Monstros, primeiro musical argentino contemporâneo montado no Brasil. O premiado espetáculo de Emiliano Dionisi, com músicas originais de Martín Rodríguez, estreia dia 6 de setembro e fica em temporada no Teatro PetroRio das Artes, no Shopping da Gávea, sempre às sextas e sábados, às 21h, e aos domingos, às 20h, até 27 de outubro. A adaptação brasileira ganhou direção de Victor Garcia Peralta, direção musical de Azullllllll e elenco que reúne Claudio Lins e Soraya Ravenle na pele de quatro personagens que fazem o público refletir sobre as crueldades ocultas nas relações familiares e cotidianas.

A trama acompanha a história de Claudio e Sandra, pessoas aparentemente comuns e que só se conhecem porque seus respectivos filhos, Francisco e Luíza, estudam na mesma escola. Eles têm certeza de que seus filhos são especiais e acima da média, apesar de alguns probleminhas na escola, ou questões de relacionamento com outras crianças. Mas nada que o amor desses pais veja como desvios de conduta. Aos poucos, como monstros saindo do armário, as verdadeiras faces dessas famílias vão se revelar.

“O musical põe em cena temas com os quais eu tenho gostado de trabalhar: as relações familiares, educação, infância e, principalmente, a dificuldade que temos de nos colocar do lugar do outro, de exercer a empatia”, explica Victor Garcia Peralta. “Em Monstros, temos um pai e uma mãe que não conseguem olhar de verdade para os seus filhos e que têm dificuldade de lidar com as expectativas frustradas”, acrescenta o diretor, que assistiu à primeira montagem do texto, em Buenos Aires, há três anos.

Na encenação, Claudio Lins e Soraya Ravenle interpretam os pais Sandra e Claudio, mas também seus respectivos filhos, Luíza e Francisco. E assim, percorrem um arco dramático que vai do orgulho ao terror. “Quando o Victor me falou que tinha visto este espetáculo em Buenos Aires, fiquei muito intrigado. Afinal, um musical original com um texto potente e apenas dois atores é algo raro. Consegui assistir ao espetáculo na Argentina e fiquei entusiasmado. Que grade desafio para um ator! Falar das aflições da paternidade é algo com o qual eu me identifico completamente nesse momento da minha vida”, comenta Claudio, que tem um filho de 7 anos.

Atriz com mais de três dezenas de musicais no currículo, Soraya Ravenle chama a atenção para a densidade do texto, que não costuma ser habitual nos espetáculos do gênero. “É uma peça sofisticada, de dramaturgia contemporânea e fragmentada, que fala muito sobre a violência que nos cerca. Há uma grande incapacidade de enxergar verdadeiramente o outro, de ter calma para compreender quando as atitudes das pessoas não são as mesmas que as nossas. A peça põe em cena uma mãe e um pai que amam os filhos, mas que não conseguem se comunicar com eles”, define a atriz e cantora.

O espetáculo conta com oito canções originais, com tradução e versões de Victor Garcia Peralta e Claudio Lins e novos arranjos de Azullllllll, que assina a direção musical e estará em cena com um set eletrônico. Na montagem argentina, os atores eram acompanhados por uma banda, mas, na adaptação atual, a equipe optou por uma produção eletrônica.

“Uma sonoridade que aborda do imaginário infantil ao terror para criar uma espécie de realidade onírica e cruel. Há também, nos arranjos, a noção ancestral da relação que temos com nossos pais e nossas paternidades e, por isso, um aspecto sensorial e emocional nas canções. Evoco elementos musicais da nossa ancestralidade brasileira e afro-brasileira e recorro, também, a estéticas eletrônicas, como a das séries “Stranger Things” e “Dark”, buscando a contemporaneidade necessária para dialogar com a diversidade cultural que o povo brasileiro carrega e consome”, define Azullllllll. “Cada música adiciona uma camada ao entendimento da peça, fortalecendo a trama e ajudando a conduzir a energia do espetáculo”, acrescenta.

Também fazem parte do time criativo Fernando Rubio (cenário), Claudio Tovar (figurino) e Maneco Quinderé (iluminação).

Prêmios

 Selecionado em 2015 como melhor projeto de teatro musical na Bienal de Arte Jovem de Buenos Aires, o texto Monstros teve uma carreira surpreendente. Desde que estreou, no mesmo ano de 2015, até suas últimas apresentações, em 2018, o espetáculo acumulou casas lotadas, excelentes críticas e cerca de 17 prêmios do teatro argentino, além de montagens no Uruguai e na República Dominicana. Na Argentina, venceu o 1º Prêmio Trinidad Guevara (Melhor trilha original), o 1º Prêmio Argentores (Melhor música), ganhou sete Prêmios Hugo (Hugo de Oro – espetáculo do ano,  Melhor musical, Melhor direção, Melhor atriz de musical, Melhor ator de musical, Melhor libreto de musical argentino e Melhores letras de musical argentino) e quatro Prêmios ACE (Melhor Musical, Melhor direção de musical, Melhor ator de musical e Melhor música original). No Uruguai, venceu quatro Prêmios Florencio Sanchez (Melhor musical, Melhor atriz de musical, Melhor ator de musical e Melhor música original).

 Claudio Lins

Atuou em grandes musicais como “Ópera do malandro” (2003/2006), “Gota d’água” (2009), “Milton Nascimento – nada será como antes” (2012/2013), “Elis, a musical” (2013/2015), “O beijo           no asfalto – o musical” (2015/2016) e “O musical da Bossa Nova” (2017/2018),     entre   outros. Na TV, esteve nas novelas “História de amor” (1995), “Esmeralda”   (2004), “Uma rosa com amor” (2010), “Babilônia” (2015), “Malhação” (2017),    além do reality musical “Popstar” (2017). Tem dois discos gravados e compôs para os espetáculos “O beijo    no asfalto – o musical” e “Senna – o          musical”.

Soraya Ravenle

Uma das grandes atrizes do musical brasileiro, foi revelada para o grande público no musical “Dolores” (1999), onde interpretava a cantora Dolores Duran. Atuou ainda em “South American Way – a vida de Carmem Miranda” (2001), “Ópera do Malandro” (2003/2006),   “Sassaricando – e o Rio inventou a marchinha” (2007/2008), “Um violinista no telhado” (2011) e “Instabilidade perpétua” (2017/2019), entre outros. Esteve nas novelas “Laços de família” (2000), “Beleza pura” (2008), “Paraíso” (2009), “Malhação” (2011) e  “I love Paraisópolis”  (2015). Tem dois discos de carreira.

Victor Garcia Peralta

Responsável pela direção de “Tebas Land”  (2018), uma das grandes sensações da temporada, Victor também dirigiu ”Decadência” (1999), “Dorotéia minha” (2002), “Quartett” (2006), “Não sou feliz mas tenho marido” (2006), “Os homens são de Marte… E é pra lá que eu vou” (2005), “Quem tem medo de Virgínia Wolff” (2014), “Sexo, drogas e rock’nroll” (2015) e “Euforia” (2017/2018), entre outros. Ainda na Argentina, dirigiu “As lágrimas amargas de  Petra Von Kant” (1987), o musical “Gypsy” (1992), além de adaptações de “A   partilha” e “Submarino”, textos de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa.

Azullllllll

Desenvolve trabalhos nos campos da música, performance, artes visuais e cênicas. Atualmente, apresenta o show ‘Azullllllll’, exibe a instalação interativa ‘Maquina de Contato’ no Centro Cultural Oi Futuro com o Koletivo Machina, do qual é integrante, e produz a coluna de performance ‘#mimesetranseincorporacao’ no site Heretica.co. Dois dos seus trabalhos performativos em andamento são ‘@continuovive’ (instagram) e ‘sem título’. Assinou a direção musical dos espetáculos ‘Ajuste’, ‘bicho’ e ‘Cara de Fogo’, com direção de Georgette Fadel; ‘Naquele Dia Vi Você Sumir’, parceria com Áreas Coletivo e Magiluth; e ‘Instabilidade Perpétua’, com atuação de Soraya Ravenle.

Sinopse curta

 O premiado musical acompanha o complexo relacionamento de Claudio e Sandra com seus respectivos filhos.

Sinopse longa

O premiado musical Monstros conta a história de Claudio e Sandra, adultos que se cruzam casualmente porque seus filhos estudam no mesmo colégio. Sandra tem tanto orgulho de sua filha Luíza como Claudio tem de seu filho Francisco. Eles têm certeza de que seus respectivos filhos são especiais. Talvez, acima da média. Qualquer problema na escola ou questões de relacionamento com outras crianças são encarados de maneira normal. Nada que o amor sufocante e cego desses pais possa ver como desvios de conduta. Mas, aos poucos, como monstros saindo do armário, as verdadeiras faces dessas famílias vão se revelando, com suas relações caóticas e cotidianas, até um desfecho tão surpreendente quanto inevitável.

Ficha técnica

 

Texto: Emiliano Dionisi

Direção: Victor Garcia Peralta

Elenco: Claudio Lins e Soraya Ravenle

Músicas: Martin Rodriguez

Tradução e versões: Victor Garcia Peralta e Claudio Lins

Direção musical e musicista: Azullllllll

Cenário: Fernando Rubio

Figurino: Claudio Tovar

Iluminação: Maneco Quinderé

Assessoria de Comunicação: Rachel Almeida (Racca Comunicação)

Mídias Sociais: Beto Feitosa

Design gráfico: Alexandre Castro

Direção de produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela

Produção: Galharufa Produções Culturais

Produção Executiva: Anna Bittencourt

 

Serviço

Espetáculo “Monstros”

Temporada: 6 de setembro a 27 de outubro

Teatro PetroRio das Artes: Rua Marquês de São Vicente, 52 – Shopping da Gávea, Rio de Janeiro – RJ

Telefone: 2540-6004

Dias e horários:  6ª e sáb., às 21h, e dom., às 20h.

Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia).

Duração: 1h40

Lotação: 421 pessoas

Classificação Etária: 14 anos

Funcionamento da bilheteria: 2ª a dom., das 15h às 20h. Após às 20h, apenas para as peças do dia.

Instagram: @monstrosomusical

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